Ontem, pela madrugada, morreu Claudinha, vítima da overdose.
Banal, comum, corriqueiro..., mas morreu Claudinha.
Garota de programa, travesti, viciada, sufocada pelas angústias sociais, guerreira, ao entrar para o âmbito escolar para concluir os estudos na modalidade EJA, mas a rua chama. As necessidades chamam. Mas Claudinha morreu. A conheci sorrindo, alegre, consciente das suas virtudes e declínios humanos. Virará estatística, ficará em nossas mentes, outras assumirão seu lugar na rua, afinal, ela morreu, porém a rua não. As drogas estarão lá para outras aguentarem os pesos dos corpos, das latinhas e ofensas, do desprezo alheio, de tudo e do nada. E Claudinha? Apenas lembrança em quem a conhecia, um número em jornais, outra travesti morta, outro ícone feminino de um corpo que renunciou alguns paradigmas.
Saudades Claudinha.
Um comentário:
Não sabia que a Claudinha morreu!
Olha só!
Condolências...
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